Área de manguezal ocupada por invasões (2009)
Atualmente no local, condomínios residenciais estão sendo construídos
Por Kleber Resende
Algumas pessoas associam a palavra mangue com algo bagunçado ou sujo; Ex. “Esse quarto está um mangue.”
Entretanto, o ecossistema manguezal e sua comunidade de plantas (mangue) constituem um papel de grande importância ecológica e socioeconomica. Fatores como a alta produção fotossintética, alta produção de detritos, importante papel na produtividade costeira, fornecimento de proteção à linha de costa contra a erosão marinha, fornecimento de habitat para várias espécies de animais, refúgio/alimentação para peixes durante a fase juvenil, mostram a importância deste ecossistema do ponto de vista ambiental, além de uma importante fonte de renda para as populações ribeirinhas e importante fonte de recursos econômico e alimentar.
Segundo alguns estudos, os manguezais correspondem à 17,2% da área total de Barra dos Coqueiros. A expansão do centro urbano, a falta de planejamento no uso do solo, a especulação imobiliária, os interesses econômicos e as invasões, vêm colocando em risco a sobrevivência dessas áreas e pouco (ou quase nada) temos visto para a preservação e RECUPERAÇÃO desse ambiente bastante peculiar. É importante ressaltar que não adianta esperar que as áreas sejam ocupadas e descaracterizadas ou retirar as comunidades instaladas no local e não promover uma recuperação no ambiente. É preciso planejamento, uma gestão comprometida com os fatores ambientais, provendo inclusão social.
Além dos fatores já mencionados, na Barra dos Coqueiros podemos observar claramente a poluição dos manguezais pelo lixo urbano, seja por objetos lançados pelos carros que se dirigem na pista em direção à Ponte Construtor João Alves (que deveria ser chamada de Ponte Zé Peixe) ou por moradores de áreas próximas que na tentativa de “jogar o lixo para debaixo do tapete” continuam contribuindo com a poluição ambiental e visual na saída/entrada do nosso município.
Como dizem, “a primeira impressão é a que fica”. Eu complemento e finalizo com o seguinte pensamento; “A última impressão ratifica.”
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